Foto: Vilmar Carvalho/Divulgação
José Carlos Gonçalves, conhecido como Zé da Terreira e uma figura de destaque na cultura no Rio Grande do Sul, faleceu na manhã desta terça-feira (7). Ele tinha 78 anos e estava internado no Hospital Vila Nova, em Porto Alegre, para tratar de uma doença autoimune. Informações sobre o velório e o sepultamento ainda serão divulgadas.
Zé, nascido em Rio Grande, na região sul, foi aluno do Departamento de Artes Dramáticas da UFRGS (DAD) e participou de inúmeros projetos teatrais e musicais em todo o Brasil. Desde o início dos anos 1990, ele residia na Casa do Artista Riograndense.
Entre 1970 e 1984, Zezão fez parte do grupo de teatro de improviso “Tá Na Rua” no Rio de Janeiro e integrou o elenco do musical “Hair”, a primeira ópera-rock do país. Em Porto Alegre, ele atuou no projeto “Ói Nóis Aqui Traveiz” e na “Oficina Perna de Pau”.
Sua trajetória sempre esteve vinculada ao Carnaval e ao teatro de rua. Além de atuar, ele também cantou em peças como “Jacobina”, “Balada para um Cristo Mulher” e “A Exceção e a Regra”, sendo as duas últimas obras de Bertolt Brecht. Zé da Terreira também lançou o CD “Quem Tem Boca é Pra Cantar” em 2002 e apresentou shows memoráveis como “Césio 137” na Terreira da Tribo, “Tiro ao Álvaro” com músicas de Adoniran Barbosa e “África-Brasil”.