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Israel e Hamas fecharam um acordo que prevê a libertação de 50 reféns do grupo terrorista em troca da libertação de 150 palestinos mantidos como prisioneiros pelos israelenses. O trato foi oficializado hoje (22) e também prevê uma pausa temporária no conflito.
Israel espera que os primeiros reféns sejam libertados amanhã (23), afirmou o Relações Exteriores do país, Eli Cohen, à Rádio do Exército. Segundo a Qahera, TV estatal do Egito, a trégua começa às 10h, no horário local (4h, horário de Brasília).
O acordo prevê uma trégua de quatro dias para que 50 mulheres e crianças com menos de 19 anos feitas reféns pelo Hamas sejam libertadas em troca de 150 mulheres e adolescentes palestinos detidos em Israel. Os reféns serão divididos em grupos e cada grupo será libertado em um dia. Israel anunciou em comunicado que estenderá em um dia a pausa no conflito para cada grupo adicional de 10 reféns libertados.
O Hamas disse que Israel concordou em interromper o tráfego aéreo sobre o norte de Gaza das 10h às 16h (horário local) em cada dia de trégua e interromper todo o tráfego aéreo sobre o sul durante o período. Além disso o grupo afirma que o país concordou em não atacar ou prender ninguém na Faixa de Gaza, e a permitir que as pessoas circulem livremente pela rua Salah al-Din, que é a principal estrada pela qual muitos palestinos fugiram do norte do território.
Um dos negociadores afirmou ainda que o trato impede qualquer ataque, movimentação militar ou expansão de território durante o período de pausa. O Catar disse que Israel também permitiu a entrada de combustível e ajuda humanitária em Gaza.
Por outro lado, o Ministério da Justiça de Israel publicou uma lista de 300 palestinos que podem ser libertados. A maioria são adolescentes presos em 2022 por delitos relativamente menores, incluindo arremesso de pedras ou suposta incitação. A lista também inclui cerca de 40 mulheres.
Após o cumprimento do acordo, o governo de Israel já afirmou que vai continuar a guerra. A questão, mais uma vez, é que o tempo de trégua pode passar mais de quatro dias, caso o Hamas decida liberar mais reféns. No entanto, em comunicado, as autoridades israelenses garantiram que a guerra vai continuar não só para trazer de volta todas as pessoas sequestradas, mas para “eliminar o Hamas e garantir que não exista nenhuma ameaça para o Estado de Israel vinda de Gaza“.