Foto: Divulgação/IC
O Instituto de Cardiologia do RS (IC), localizado em Porto Alegre, confirmou a demissão de 280 funcionários. A afirmação foi dada foi meio de um comunicado, onde a instituição alega que essa medida foi acordada com o Ministério Público e outras entidades de saúde. Eles a consideram necessária para “reorganizar suas finanças”.
Esta situação se estende há alguns meses. Em julho, após uma greve de enfermeiros devido a salários atrasados, houve uma reunião na Câmara de Vereadores para discutir a situação precária do IC. Usuários reclamaram da falta de atendimento médico e equipamentos. Na época, o diretor do Instituto, Gustavo Glotz Lima, reconheceu aos veículos de imprensa as dificuldades e a redução no número de procedimentos realizados nos últimos cinco anos, de 3,5 mil para 2,7 mil cirurgias cardíacas.
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O Sindsaúde-RS, que representa técnicos e auxiliares de enfermagem, criticou as demissões e culpou o governo do Estado pela crise no instituto. Ao Correio do Povo, houve a afirmação que “o Programa Assistir está prejudicando a saúde pública no Rio Grande do Sul e que o governador Eduardo Leite não está investindo o suficiente, apesar dos desafios financeiros causados pela pandemia”.
Recentemente, um Grupo de Trabalho do governo estadual reconheceu a necessidade de aumentar em R$ 500 milhões por ano os recursos para o programa Assistir. Em resposta, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou que os repasses para o IC-FUC, a fundação que administra o instituto, estão em dia. Por sua vez, o Sindicato está considerando opções legais para tentar reverter as demissões.