Foto: Arquivo pessoal
O Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) destituiu um de seus diretores devido a relatos de assédio sexual no ambiente de trabalho. O caso foi divulgado pelo Grupo de Investigação (GDI) da RBSTV, que afirma que Gabriel Leal Marchiori, que atuava na direção do Banrisul Consórcio, enfrenta acusações de assédio sexual por parte de 13 mulheres.
A ocorrência foi divulgada após uma das vítimas relatoar o ocorrido ao GDI cerca de 30 dias atrás, descrevendo um episódio em que Marchiori teria despojado uma estagiária de suas roupas em sua sala. Esse abuso a levou a buscar ajuda junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT). As mulheres procuraram o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (Sindibancários), que exigiu ação por parte do banco.
Os relatos incluem toques inadequados e convites inapropriados que constrangeram as mulheres no ambiente de trabalho, deixando-as humilhadas e com receio de se manifestarem devido à disparidade de poder. Marchiori continua como funcionário do banco, mas em uma função diferente e em regime de teletrabalho. Ele integra a instituição há 12 anos e apresentou recentemente um atestado médico de afastamento por 90 dias.
Em resposta às acusações, Marchiori preferiu se pronunciar por meio de nota, alegando que os fatos são “infundados, desprovidos de provas e alvo de um procedimento administrativo” que, segundo ele, não assegurou seu direito à ampla defesa.
O Banrisul declarou que, após receber os relatos, iniciou uma investigação abrangente e detalhada para esclarecer os acontecimentos.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou que abriu um procedimento inicial para avaliar o caso. Até a sexta-feira (24), não havia registro de ocorrência policial contra Marchiori, de acordo com a Polícia Civil.
