Foto: Divulgação/Camara dos deputados
O deputado federal André Janones teve supostas conversas vazadas onde ele exige que membros de sua equipe da Câmara dos Deputados contribuíssem financeiramente com suas despesas pessoais, uma prática conhecida como “rachadinha”. Esta prática é considerada uma forma de enriquecimento ilícito e prejuízo ao património público, podendo resultar em inelegibilidade segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A divulgação do áudio foi revelado pelo portal Metrópoles.
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Em uma gravação não autorizada, Janones foi ouvido discutindo como planejava utilizar o dinheiro proveniente dos salários dos servidores públicos: “Casa, carro, poupança e previdência”. O deputado, que recebeu 238 mil votos e foi o segundo mais votado de Minas Gerais em 2022, realizou esta reunião com assessores no local de trabalho no Avante, seu partido político.
Durante a reunião, Janones tentou justificar seu pedido aos assessores, mencionando dívidas de sua campanha para prefeito, quando perdeu R$ 675 mil. Ele argumentou que os funcionários deveriam ajudar na reconstrução de seu patrimônio perdido e que não considerava isso corrupção.
Janones também expressou que não achava justo que os assessores mantivessem a totalidade de seus salários, enquanto ele usava parte de seus ganhos para pagar dívidas de campanhas passadas.
Segundo o portal Metrópoles, a gravação foi feita pelo jornalista Cefas Luiz, ex-assessor de Janones, em fevereiro de 2019, logo após a eleição do deputado. Luiz afirmou que planeja entregar a gravação à Polícia Federal junto com outras evidências de supostas irregularidades no gabinete do deputado.
O TSE já decidiu que a prática de rachadinha constitui enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público, e o STF ainda decidirá se ela se configura como crime de peculato ou corrupção.
A assessoria do deputado afirmou estar ciente da gravação, mas alegou que os áudios foram retirados de contexto. No início da tarde desta segunda-feira (27), o deputado se pronunciou na rede social X (antigo Twitter), afirmando que os áudios são produtos de fake news e estão fora de contexto.