Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil
A Coreia do Sul está tomando medidas para proibir o consumo de carne de cachorro até o final deste ano, com um plano para eliminar gradualmente essa prática da indústria nos próximos três anos. Se o projeto de lei for aprovado ainda este ano, a proibição total entrará em vigor em 2027.
Atualmente, comer carne de cão não é explicitamente legal nem ilegal na Coreia do Sul, e governos anteriores não conseguiram fazer grandes progressos na proibição dessa prática. No entanto, recentemente, houve um aumento no apoio público e político para proibir o ato, à medida que essa prática tradicional tem perdido favor entre os jovens coreanos. Além disso, ativistas de direitos animais internacionalmente têm criticado essa prática.
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O Partido do Poder Popular, que está no governo, estabeleceu um cronograma para a ação. Eles planejam promulgar uma lei especial ainda este ano para resolver essa questão. A lei exigirá que fazendas de cães, matadouros, comerciantes e restaurantes apresentem planos para eliminar gradualmente a prática às autoridades locais. O governo promete fornecer apoio às empresas afetadas por essa lei, especialmente aquelas legalmente registradas que apresentem um plano de transição.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, e a primeira-dama, Kim Keon Hee, são conhecidos como amantes dos animais e têm vários cães e gatos como animais de estimação. Kim expressou seu desejo de que o consumo de carne de cão seja eliminado, considerando a convivência amigável entre humanos e animais de estimação.
Grupos defensores dos direitos dos animais comemoraram o anúncio e pediram ao parlamento sul-coreano que aprove o projeto. No entanto, a Associação Coreana de Produtores de Carne de Cachorro expressou preocupações sobre a viabilidade da proposta, especialmente para agricultores mais velhos que dependem dessa indústria.
Segundo um estudo governamental recente, a Coreia do Sul tem cerca de 1.150 fazendas de cães e mais de meio milhão de cães criados para carne, embora esse número seja significativamente menor do que no passado.