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A decisão de abater parte dos hipopótamos, descendentes daqueles trazidos à Colômbia pelo notório narcotraficante Pablo Escobar, foi anunciada pelo governo colombiano.
Estima-se que a população desses mamíferos, atualmente em 166, possa atingir 1.000 até 2035 se as medidas de controle populacional não forem implementadas, conforme indicado pelo Ministério do Meio Ambiente da Colômbia.
Susana Muhamad, a titular do Ministério do Meio Ambiente, declarou na última quinta-feira (2) que os hipopótamos estão se multiplicando desenfreadamente no rio Magdalena. Para gerenciar a situação, o plano do governo inclui tanto o abate quanto a esterilização de alguns desses animais.
Adicionalmente, certos hipopótamos serão relocados para nações como México, Índia e Filipinas. O processo para obter as autorizações necessárias para essas transferências ainda está em andamento.
A data exata para o início do abate não foi divulgada. Contudo, a ministra Muhamad mencionou que a operação começará com o abate e que a esterilização terá início na próxima semana. Embora a quantidade exata de animais a serem sacrificados não tenha sido informada, foi declarado que a eutanásia será aplicada em “uma parcela da população”.
Os hipopótamos em questão foram originalmente introduzidos na Colômbia por Pablo Escobar, que, na época, era o narcotraficante mais poderoso do mundo. Ele havia importado um casal desses animais da África para seu zoológico privado na Fazenda Nápoles, localizada na região central-norte de Magdalena Medio.
Após a morte de Escobar em 1993, algumas de suas propriedades foram confiscadas pelo governo, e os hipopótamos acabaram escapando, reproduzindo-se e habitando o principal rio do país. Houve relatos de ataques a pescadores por parte desses animais.