Foto: Câmara de Vereadores de Tapes
A Câmara de Vereadores de Tapes, no Litoral, tomou a decisão de exonerar um assessor parlamentar em meio a um caso de suposto racismo ocorrido na terça-feira (31). O assessor em questão, cuja identidade não foi revelada, teria dirigido comentários racistas a Emerson de Oliveira Peres, de 35 anos, que também é assessor, mas de outro vereador.
Conforme o registro policial feito na delegacia de Tapes, o incidente aconteceu enquanto Peres e dois colegas conversavam em uma sala do legislativo, quando o acusado afirmou que “Tapes não se desenvolvia porque os morenos não gostavam de trabalhar” e que “não tinham foco no trabalho“. Ele também se dirigiu a Peres com um apelido, “Feijão”, chamando-o de exceção.
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O assessor exonerado o seguiu e ofereceu-se para pagar uma refeição em um restaurante local, o que, segundo o advogado de Peres, foi interpretado como uma tentativa de silenciá-lo. O homem ainda teria deixado um envelope fechado com R$ 150 próximo a Peres, sugerindo que fosse usado durante o feriado.
Peres optou por registrar uma denúncia contra o colega. A presidente da casa, vereadora Catia Iribarrem Longarai, ouviu o relato de Peres, assim como de outros dois colegas que testemunharam o caso. Diante disso, a decisão foi tomada de exonerar o assessor envolvido. O vereador que ele assessorava foi informado da situação, e o ex-servidor saiu sem fazer comentários adicionais.
Peres está considerando, junto com seu advogado, a possibilidade de buscar indenização por danos morais contra seu ex-colega, além do inquérito policial em andamento.