Após receber esposa de líder do Comando Vermelho, Ministério da Justiça reforça controle de acesso

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil implementou medidas mais estritas de controle de acesso. A decisão veio após a recepção, em março, da esposa de um indivíduo identificado como líder do Comando Vermelho no Amazonas por membros de alto escalão da pasta.

De acordo com a nova portaria do secretário-executivo do Ministério, Ricardo Cappelli, agora é exigido que todos os participantes e acompanhantes de reuniões no ministério sejam previamente identificados, com aviso de pelo menos 48 horas. As solicitações de reuniões devem ser enviadas por e-mail institucional, incluindo o CPF de cada participante.

Em situações sem agendamento prévio, os visitantes serão recepcionados na entrada do ministério, aguardando autorização da autoridade responsável.

Janira Rocha, advogada que organizou a reunião controversa, acusou exploração política do caso. Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas e suspeito de ser um dos principais criminosos do Amazonas, esteve presente na reunião. Rocha declarou que a audiência foi solicitada para discutir casos de mães que perderam filhos e representantes de familiares de detentos.

Após o lançamento da Força Penitenciária Nacional, o ministro da Justiça evitou a imprensa, deixando Elias Vaz, secretário de Assuntos Legislativos, para esclarecimentos. Vaz assumiu a responsabilidade pelo episódio e expressou arrependimento por não ter investigado mais a fundo os participantes da reunião.