Foto: MAB/Divulgação
A 4ª Vara do Júri da Capital decidiu ontem (2) que o réu acusado pelo assassinato de Débora Moraes, uma importante líder social em Porto Alegre, será levado a julgamento pelo Tribunal do Júri. A data do julgamento ainda será agendada, e ele enfrentará acusações de homicídio qualificado, incluindo feminicídio. A informação foi inicialmente divulgada pelo portal G1.
Débora Moraes era líder do Movimento dos Atingidos por Barragens e foi encontrada morta em sua residência no ano passado, aos 30 anos. Seu então companheiro, Felipe Faustino, foi preso e indiciado pela morte.
O advogado de defesa do réu, Bruno Baum Pereira, anunciou que irá recorrer da decisão e que seu cliente nega as acusações. Ele afirmou: “A decisão de pronúncia se baseou em depoimentos de parentes de Débora, que não aceitaram que ela tenha cometido suicídio e estão persistentemente buscando responsabilizar Felipe, já que nunca tiveram simpatia por ele.”
A decisão que determinou o julgamento pelo Tribunal do Júri é sigilosa. A advogada Alice Resadori, que representa a acusação, explicou que o juiz rejeitou a alegação de suicídio com base em laudos de necropsia e em depoimentos de familiares que relataram o relacionamento conturbado de Débora com o suspeito, além de seu desejo de se separar.
Na época do crime, a Polícia Civil informou que Débora havia obtido uma medida protetiva contra Felipe, que não estava mais em vigor no momento de sua morte.
O réu aguarda julgamento na prisão, onde a polícia encontrou explosivos em sua residência algumas semanas após a morte de Débora.