Foto: Hudson Nogueira/PMPA
A conclusão da venda da empresa Carris segue pendente, mas assim que for confirmada, a prefeitura estará responsável por uma despesa adicional. Especificamente, terá que pagar R$ 30 milhões.
Esse montante está relacionado à aquisição de 98 ônibus em 2020, um investimento que custou R$ 45,1 milhões à época. A maior parcela deste valor, R$ 40,9 milhões, foi financiada por um empréstimo com a Caixa Econômica Federal.
Antes de finalizar a transferência da Carris ao vencedor do leilão, a prefeitura terá que liquidar o saldo devedor com a instituição financeira, uma vez que a dívida não pode ser repassada a terceiros. O pagamento só será adiado se o leilão for invalidado. O desfecho dessa contestação será revelado até a próxima sexta-feira, dia 27.
A secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini, comentou que este é o último esforço financeiro para apoiar a Carris, uma empresa estatal. O arrematante do leilão, por sua vez, terá que assumir débitos anteriores da Carris, totalizando R$ 46,7 milhões.
“Neste ano de 2023 o aporte será para cobrir a dívida com a compra da frota de ônibus antiga, de aproximadamente R$ 30 milhões, ou seja, o município irá despender o de sempre com a Carris, sendo que este será o último repasse, se a venda for concluída”, destaca Ana Pellini.
De acordo com a secretária, a obrigação de pagar os R$ 30 milhões foi estabelecida no contrato de compra e venda, como detalhado no anexo VII do edital. O balanço patrimonial, presente no anexo IV, já assume a dívida como liquidada.
Este ponto específico foi discutido em reuniões na Câmara de Vereadores, no Ministério Público Estadual e no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Historicamente, a prefeitura tem investido cerca de R$ 40 milhões anuais na Carris para compensar suas perdas. Na última década, esse valor acumulado chegou a R$ 500 milhões.