Foto: André Jonsson/ Operário FEC
O São José levantou uma polêmica sobre brindes personalizados do Operário-PR entregues à equipe de arbitragem antes de seu confronto na segunda rodada do quadrangular decisivo da Série C. O embate aconteceu em Ponta Grossa, terminando com um triunfo de 2 a 0 para o time da casa. A questão dos presentes veio à tona nas redes sociais do Zeca antes do início da partida.
Conforme consta na súmula, os árbitros rejeitaram os brindes, compostos por sacolas com camisas, e os devolveram ao diretor geral do Operário-PR, Rodrigo Sautchuk. A prática de dar presentes aos árbitros não é proibida pelas regras do futebol brasileiro, mas é uma área cinza que raramente é documentada oficialmente.
Eduardo Vargas, presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB-PR, esclareceu que, embora o Regulamento Geral de Competições seja omisso sobre o assunto, existem aspectos de ética e integridade que justificam a recusa dos árbitros. Ele destacou artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva que tratam de condutas éticas em relação a possíveis influências no resultado de partidas.
Alessandro Kishino, advogado do Operário-PR, afirmou que o clube aguarda uma posição da Procuradoria e que preparará uma defesa caso seja necessário. Segundo ele, é possível que o clube seja multado, uma penalidade que pode variar de R$ 100 a R$ 100 mil.
Ivan da Silva Guimaraes Junior, auxiliado por Uesclei Regison Pereira dos Santos e Dimmi Yuri das Chagas Cardoso, foi o árbitro principal. O VAR foi operado por Philip Georg Bennett. O Operário-PR venceu com gols de Dudu Scheit e Santiago Tréllez, elevando a equipe ao segundo lugar do grupo.