Foto: Polícia Civil de SC/Divulgação
A polícia apontou que a célula neonazista descoberta na última semana em Santa Catarina e que possui ligações ao violento grupo neonazista dos Estados Unidos, conhecido como Hammerskins, realizou encontros em cidades gaúchas como Gramado e Canela.
Ao GZH, o delegado Arthur de Oliveira Lopes, responsável pela investigação que levou à prisão dos membros durante uma operação em São Pedro de Alcântara, em novembro do ano passado, essas reuniões na serra gaúcha aconteceram entre 2019 e 2020.
Inicialmente, os detidos foram indiciados por associação criminosa, racismo e apologia ao nazismo. Porém, à medida que as investigações avançaram, ficou claro que eles atuavam de forma estruturada, com hierarquia e divisão de tarefas, o que levou a uma alteração nos indiciamentos para organização criminosa de caráter transnacional.
O caso está na Justiça Federal. Um americano frequentemente visitava o Brasil para participar dos encontros, fortalecendo os laços com o grupo brasileiro e permitindo que seus membros ascendessem na organização. O grupo brasileiro passou a se chamar Southlands Hammerskins.
Os Hammerskins utilizavam o rock supremacista para recrutar novos membros e trocavam mensagens com membros americanos através de aplicativos.