PIB do Brasil tem aumento de 0,9% no segundo trimestre de 2023

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Superando as projeções do mercado, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil exibiu um aumento de 0,9% no segundo trimestre em comparação com o trimestre anterior, segundo dados recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Enquanto especialistas previam um modesto aumento de 0,3% a 0,4%, o cenário econômico demonstrou resiliência notável.

O impulso no desempenho econômico nos últimos quatro trimestres foi de 3,2%, e um impressionante 3,7% no semestre. Segundo análises do IBGE, a indústria desempenhou um papel crucial com um crescimento de 0,9%, destacando-se em subcategorias como mineração (+1,8%), construção (+0,7%), energia elétrica (+0,4%) e manufatura (+0,3%).

Não menos importante, o setor de serviços mostrou um crescimento de 0,6%, impulsionado especialmente por atividades financeiras e seguros. Contudo, o setor agrícola enfrentou um revés, registrando uma diminuição de 0,9% após um aumento anterior de 1,8%.

A comunidade econômica está dividida sobre o que esses números realmente significam. Carlos Honorato, economista e acadêmico renomado, sugere que, apesar de modesto, o crescimento é significativo, considerando o cenário econômico global atual e a inflação persistente. Ele também acrescenta que a trajetória poderia ser potencialmente fortalecida pelo progresso da reforma tributária e cortes contínuos nas taxas de juros.

Por outro lado, Ely José de Mattos, outro economista proeminente, argumenta que os números na verdade sinalizam uma desaceleração. Ele aponta a atual taxa Selic e o mercado de trabalho estagnado como fatores que poderiam afetar negativamente o crescimento.

Em suma, enquanto algumas vozes veem um futuro positivo e uma tendência de crescimento contínuo, outras prevêem uma possível desaceleração. Ambas as perspectivas ressaltam a importância de fatores como a reforma tributária e as taxas de juros na definição do cenário econômico para os próximos trimestres.