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O corpo de um homem, em avançado estágio de decomposição, foi encontrado dentro de uma geladeira em um apartamento no Sergipe na última quarta-feira (20). Embora quase quatro mil quilômetros separem os estados, o caso tem grande ligação com o Rio Grande do Sul, uma vez que a vítima foi identificada como Celso Adão Portella, um advogado e jornalista gaúcho de 80 anos. A informação inicial foi divulgada pelo portal G1.
Segundo a família de Portella, ele era natural de Ijuí, na região Norte, mas construiu sua vida em Porto Alegre, onde se formou em direito e jornalismo. Nas décadas de 1970 e 1980, trabalhou nas rádios Farroupilha e Gaúcha. Além disso, atuou como advogado e teve um escritório na capital. Ele deixou o estado em 2001, após o falecimento da mãe, e perdeu o contato com os irmãos.
Ao G1, um dos irmãos, que é policial civil, afirmou ter recebido uma ligação de uma mulher com um código de área diferente do RS. Ela informou que Celso estava morto. No início, pensaram que fosse um trote, mas depois confirmaram que era verdade.
A mulher que fez a ligação tem 37 anos, é técnica de enfermagem e está presa preventivamente. O caso veio à tona quando um oficial de justiça cumpriu uma ordem de despejo no apartamento dela e encontrou o corpo dentro de uma mala, que por sua vez estava dentro de uma geladeira.
A mulher relatou à polícia que ela e Celso tinham um relacionamento amoroso e que em 2016, ao voltar do trabalho, encontrou seu parceiro morto e, por medo, guardou o corpo na geladeira.
Ela é suspeita de ocultação de cadáver e de maus-tratos contra a filha de quatro anos, que morava com ela, devido à situação em que a submeteu. A mulher passou por uma avaliação psiquiátrica e está sob custódia hospitalar.