Foto: PGR/Reprodução
A recente acusação do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, vinculado à Procuradoria-Geral da República (PGR), revelou a alegada participação ativa do major Flávio Silvestre Alencar na facilitação de manifestantes radicais no Congresso em 8 de janeiro.
O informe sugere que “Caso Flávio tivesse formado uma barreira de proteção de acesso com o destacamento do Batalhão de Choque sob seu comando, os resultados lesivos teriam sido evitados ou, pelo menos, sensivelmente minimizados”.
Detido desde 23 de maio, evidências sugerem que Alencar instruiu subordinados a permitir que os manifestantes acessassem o Congresso anteriormente à referida data.
Desdobramentos da Operação
Dentro dos detalhes fornecidos pela PGR, há indicações de que os militares sob o comando de Alencar poderiam ter evitado os danos no Congresso, e que incentivaram a entrada de mais manifestantes que posteriormente causariam estragos.
O tenente Rafael Martins é outra figura central mencionada, com alegações de ter desmontado defesas e permitido a progressão dos manifestantes até o Supremo Tribunal Federal (STF). O relatório sublinha a gravidade da inação, afirmando que a posição de comando implica responsabilidades específicas.
Decisões Questionáveis
Interessantemente, a acusação destaca que, no dia crucial, a Polícia Militar delegou a responsabilidade a “200 indivíduos com formação insuficiente e inexperientes”. Estes estavam em treinamento, preparando-se para a patente mais baixa.
Desvendando a Operação Incúria
Originada a partir destas acusações, a Operação Incúria investiga a alegada negligência da liderança da PM em agir contra atos de vandalismo devido a simpatias ideológicas.
Outros oficiais sob investigação incluem:
- Coronel Klepter Rosa Gonçalves (detido);
- Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues;
- Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra;
- Coronel Jorge Eduardo Naime;
- Coronel Fábio Augusto Vieira.
Fios da Trama
A extensa investigação de sete meses revelou que oficiais da PM compartilharam mensagens com teor questionável e disseminaram desinformação antes das eleições presidenciais. Contradizendo alegações da PMDF, a PGR possui evidências que desafiam a ideia de falha no sistema de inteligência do DF no contexto da invasão planejada para 8 de janeiro.