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Operação Kings Of Trash II: Investigação sobre descarte ilegal de resíduos em Viamão se aprofunda

Foto: Divulgação/Polícia Civil

Em continuidade a uma investigação sobre eliminação ilícita de resíduos em Viamão, a Polícia Civil está conduzindo a operação Kings Of Trash II nesta quinta-feira (3). No mês passado, o foco era em empresas de recolhimento de entulhos que utilizavam áreas de preservação ambiental para descarte.

Agora, um dos negócios em questão supostamente estaria descartando detritos de cemitérios administrados pela prefeitura em um local não autorizado, na região rural do município.

Os oficiais estão executando seis mandados de busca na empresa, no local de descarte, em uma floresta nativa e também em residências na região conhecida como Sítio São José, e nas casas de três suspeitos de crimes ambientais: um casal que dirige o serviço de transporte e um motorista.

O objetivo da operação é apreender documentos e encontrar mais provas que suportem a denúncia de descarte ilegal de poluentes, como metais pesados, produtos químicos e fluidos provenientes da decomposição de corpos. Segundo a delegada da Delegacia do Meio Ambiente do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Samieh Saleh, cinco caminhões chegavam ao local diariamente para descarregar os resíduos, incluindo materiais de cemitérios.

De acordo com a delegada, além do lixo comum, como itens pessoais, flores e arranjos, o material conhecido como necrochorume também seria descartado ilegalmente. Trata-se de um líquido composto por água, sais minerais, substâncias orgânicas, vírus e bactérias, sendo extremamente tóxico.

Samieh enfatiza que há o risco de que resíduos produzidos na decomposição de cadáveres, caso a suspeita seja confirmada, estejam contaminando o lençol freático, próximo a residências e à mata nativa.

Segundo ela, o necrochorume contém formaldeídos e metanol, produtos químicos utilizados na indústria em geral e também no embalsamamento de corpos, além de metais pesados oriundos de adornos de caixões e remanescentes de medicamentos.

“O descarte irregular destes detritos atua como fonte de poluição, causando impactos ambientais no solo, lençóis freáticos e à saúde humana, por meio da liberação de substâncias orgânicas e inorgânicas e microorganismos patogênicos que causam intoxicações ou infecções”, alerta a delegada. 

Os perigos à saúde humana e ao meio ambiente ocorrem porque a empresa responsável pela coleta do lixo dos cemitérios deveria descartá-lo em local apropriado e credenciado pelas autoridades. Samieh menciona que há, inclusive, o risco de que a forte chuva recente tenha rompido algum caixão mais simples e os resíduos se misturado com o material recolhido pela empresa sob investigação. Ela assegura que tudo será verificado e esclarecido.