Reforma tributária é aprovada na Câmara; veja como votaram os deputados gaúchos

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada de hoje (07), a PEC da reforma tributária. A iniciativa vai simplificar os impostos federais, estaduais e municipais. O texto prevê a substituição de cinco impostos por dois, Impostos sobre Valor Agregado (IVAs):

  • – Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): será gerenciada pelo governo federal, unificando IPI, PIS e Cofins
  • – Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): será gerenciado em conjunto pelos estados e municípios, unificando ICMS e ISS.

A transição para esses novos impostos vai ocorrer ao longo de sete anos, iniciando em 2026. Durante esse período, os tributos atuais serão gradualmente substituídos pelos IVAs.

Em 2027, PIS e Cofins serão extintos, e a alíquota do IPI será reduzida a zero, com exceção de produtos com industrialização na Zona Franca de Manaus. A mudança para o IBS terá início em 2029, com uma redução gradual das alíquotas do ICMS e ISS a cada ano, até a extinção em 2033.

O texto da reforma tributária não especifica as alíquotas dos IVAs. Caberá ao Senado fixá-las. No entanto, o objetivo é manter a carga tributária inalterada, reajustando as alíquotas de referência do IBS e da CBS para compensar a perda de arrecadação dos tributos que serão extintos.

Criação do FDR

A proposta também inclui a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) para reduzir as desigualdades entre as regiões do país. Esse fundo receberá aportes crescentes até 2032. Além disso, estão previstas alíquotas reduzidas e isenções para diversos produtos e serviços, como medicamentos específicos, produtos hortícolas e dispositivos médicos.

A reforma tributária também introduz o conceito de “cashback”, que consiste na devolução de impostos para reduzir as desigualdades de renda. Outros aspectos da reforma incluem a atualização do IPTU, a cobrança do IPVA para jatinhos, iates e lanchas, e a cobrança de impostos sobre heranças no exterior.

A PEC da reforma tributária ainda precisa ser aprovada pelo Senado para se tornar lei.

Veja como votou a bancada gaúcha

Votação no primeiro turno:

  • AFONSO HAMM (PP) – Não
  • AFONSO MOTTA (PDT) – Sim
  • ALCEU MOREIRA (MDB) – Sim
  • ALEXANDRE LINDENMEYER (PT) – Sim
  • ANY ORTIZ (Cidadania) – Sim
  • BIBO NUNES (PL) – Não
  • BOHN GASS (PT) – Sim
  • CARLOS GOMES (Republicanos) – Sim
  • COVATTI FILHO (PP) – Sim
  • DANIEL TRZECIAK (PSDB) – Sim
  • DENISE PESSOA (PT) – Sim
  • FERNANDA MELCHIONNA (PSOL) – Abstenção
  • GIOVANI CHERINI (PL) – Não
  • HEITOR SCHUCH (PSB) – Sim
  • LUCAS REDECKER (PSDB) – Sim
  • LUCIANO AZEVEDO (PSD) – Sim
  • LUIZ CARLOS BUSATO (União) – Sim
  • MARCEL VAN HATTEM (Novo) – Não
  • MARCELO MORAES (PL) – Não
  • MARCIO BIOLCHI (MDB) – Sim
  • MARCON (PT) – Sim
  • MARIA DO ROSARIO (PT) – Sim
  • MAURICIO MARCON (Podemos) – Não
  • OSMAR TERRA (MDB) – Não
  • PEDRO WESTPHALEN (PP) – Não
  • POMPEO DE MATTOS (PDT) – Sim
  • SANDERSON (PL) – Não
  • ZUCCO (Republicanos) – Não

Votação em segundo turno:

  • AFONSO HAMM (PP) – Não
  • AFONSO MOTTA (PDT) – Sim
  • ALCEU MOREIRA (MDB) – Sim
  • ALEXANDRE LINDENMEYER (PT) – Sim
  • ANY ORTIZ (Cidadania) – Sim
  • BIBO NUNES (PL) – Não
  • BOHN GASS (PT) – Sim
  • CARLOS GOMES (Republicanos) – Sim
  • COVATTI FILHO (PP) – Sim
  • DANIEL TRZECIAK (PSDB) – Sim
  • DENISE PESSOA (PT) – Sim
  • FERNANDA MELCHIONNA (PSOL) – Abstenção
  • GIOVANI CHERINI (PL) – Não
  • HEITOR SCHUCH (PSB) – Sim
  • LUCAS REDECKER (PSDB) – Sim
  • LUCIANO AZEVEDO (PSD) – Sim
  • LUIZ CARLOS BUSATO (União) – Sim
  • MARCEL VAN HATTEM (Novo) – Não
  • MARCELO MORAES (PL) – Não
  • MARCIO BIOLCHI (MDB) – Sim
  • MARCON (PT) – Sim
  • MARIA DO ROSARIO (PT) – Sim
  • MAURICIO MARCON (Podemos) – Não
  • OSMAR TERRA (MDB) – Não
  • PEDRO WESTPHALEN (PP) – Não
  • POMPEO DE MATTOS (PDT) – Sim
  • REGINETE BISPO (PT) – Sim
  • SANDERSON (PL) – Não
  • ZUCCO (Republicanos) – Não