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O exército de Níger anunciou ontem (26) que derrubou o presidente Mohamed Bazoum, alegando problemas de segurança e má gestão econômica e social. Os golpistas, organizados no Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CLSP), emitiram comunicados afirmando que todas as instituições da Sétima República estão suspensas e que as forças de defesa e segurança estão “lidando com a situação”.
O exército impôs um toque de recolher das 22h às 5h em todo o território até segunda ordem e ordenou o fechamento das fronteiras terrestres e aéreas até que a situação se estabilize. O presidente Bazoum foi mantido como refém pelos líderes militares em sua residência oficial.
O país é um dos mais pobres do mundo e enfrenta desafios como a violência jihadista, mudanças climáticas e crise alimentar que afetam milhões de pessoas.
O golpe foi rejeitado pelo chefe da diplomacia do Níger e chefe do governo interino, Hassoumi Massoudou, que afirmou representar as autoridades legítimas e legais do país. A ação ainda foi condenada pela ONU e criticada por diversos países e blocos regionais. A comunidade internacional pede a libertação imediata do presidente, mesmo após as negociações entre Bazoum e a guarda presidencial fracassarem.