Foto: Divulgação/TJ-RS
Leandro Boldrini, acusado de envolvimento no assassinato de seu filho Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, recebeu progressão para o regime semiaberto e agora está em casa, usando tornozeleira eletrônica.
Nove anos após a morte de Bernardo, Boldrini ainda não foi condenado definitivamente, devido a dois júris anulados. O segundo julgamento anulado está em fase de recurso. A juíza Sonáli da Cruz Zluhan emitiu a decisão na sexta-feira (14), permitindo que Boldrini deixasse a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).
As condições impostas para Boldrini no regime semiaberto envolve não se afastar de sua residência entre 20h e 06h; utilizar monitoramento eletrônico; informar antecipadamente à SUSEPE os dias de saídas temporárias e responder aos contatos do responsável e seguir as orientações; e contatar a Divisão de Monitoramento Eletrônico em caso de defeito ou falha no equipamento.
A decisão também estabelece que, dentro de 30 dias, Boldrini pode comprovar a realização de trabalho lícito, e nesse caso, a zona de inclusão será redefinida para permitir que ele se desloque para o local de trabalho durante o horário correspondente. O Ministério Público do RS irá recorrer da decisão.
Em março deste ano, Leandro Boldrini, acusado de ser o mentor intelectual da morte do filho, em abril de 2014, havia sido novamente condenado. A pena total foi de 31 anos e 8 meses de reclusão. Na oportunidade, ficou entendido que ele é culpado pelo homicídio quadruplamente qualificado e por falsidade ideológica.
Boldrini cumpriu, até sua saída neste sábado (15), 10 anos de prisão. Conforme especialistas que comentaram o caso na época do julgamento, o tempo corresponde a um terço da pena, o que daria direito a progressão de regime até o fim deste ano.