Foto: Divulgação/AL-RS
Após investigar a denúncia de violência doméstica feita pela ex-companheira do deputado estadual Leonel Radde (PT), a Corregedoria da Polícia Civil sugeriu o arquivamento do caso e indiciou Giane Alves Santos por extorsão, denunciação caluniosa e difamação. O relatório foi encaminhado ao Judiciário ontem (6) e agora será analisado pelo Ministério Público, que poderá concordar com a sugestão de arquivamento ou solicitar novas diligências.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado por Radde em 19 de abril, a mulher teria pedido R$ 100 mil para sair de casa, após um pedido judicial de separação feito pelo deputado. No entanto, os dois não chegaram a um acordo. Dois dias depois, ela o teria denunciado por violência doméstica.
Áudios nos quais Giane pede dinheiro para deixar a casa foram anexados ao caso, o que resultou no indiciamento por extorsão. A denunciação caluniosa foi configurada pelo boletim de ocorrência registrado por ela após a notificação judicial de separação, e a difamação se deu pela exposição pública do caso.
Apesar da posição da Polícia Civil, a medida protetiva de urgência que impede o deputado de se aproximar da mulher e fazer comentários públicos sobre o assunto continua em vigor, pois está em um procedimento separado. A defesa do deputado já encaminhou um pedido de revogação.
O boletim de ocorrência foi registrado pela ex-companheira no dia 12 de abril, alegando ter sido agredida na madrugada de 8 de abril, na casa onde moravam. O caso foi encaminhado à Corregedoria, uma vez que Radde é policial civil.