Foto: Cesar Lopes/PMPA
A prefeitura de Porto Alegre anunciou ontem (25) a privatização da companhia de transporte público Carris, criada em 1872. O decreto para a desestatização da empresa, responsável por 22% do sistema de transporte da cidade, foi publicado. Essa privatização foi uma promessa de campanha do prefeito Sebastião Melo (MDB).
Todas as ações da prefeitura, que controla 99,9% da empresa, serão vendidas à iniciativa privada, incluindo os bens da empresa. A operação das 20 linhas da Carris será concedida por 20 anos, e a concorrência é internacional, com proposta mínima de R$ 109 milhões.
A sessão para recebimento e abertura das propostas dos interessados será realizada em 2 de outubro, com previsão de concretização da venda até o primeiro trimestre de 2024.
Melo já havia apresentado o projeto de privatização da empresa em junho de 2021, mencionando a queda no número de passageiros e os impactos da pandemia no sistema. A prefeitura ressalta que os cerca de 82% dos servidores que permaneceram na Carris após o plano de demissões voluntárias terão estabilidade de 12 meses após a gestão privada assumir a companhia.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte de Porto Alegre (Stetpoa) manifestou ser contrário à privatização e está avaliando o documento publicado pela prefeitura juridicamente. No passado, a prefeitura lançou um plano de demissões voluntárias que teve a adesão de cerca de 350 profissionais.