Foto: Agência Brasil
Nesta sexta-feira (30), a partir das 7h, terá início a greve integral dos profissionais da enfermagem, conforme confirmado pelo Sindisaúde-RS. A paralisação terá duração de 24 horas. Inicialmente, estava prevista uma vigília nos hospitais de Porto Alegre hoje, mas o sindicato, que representa cerca de 80 mil trabalhadores no Rio Grande do Sul, informou que ocorreram atividades de mobilização e a diretoria se reuniu para organizar a greve, que também está acontecendo em outros estados do país.
O objetivo da greve, segundo o presidente Júlio Jesien, é pressionar pela implementação do piso salarial da enfermagem. Os salários aprovados são de R$ 4.750 para enfermeiros, 70% desse valor para técnicos de enfermagem (R$ 3.325) e R$ 2.375 para parteiras e auxiliares de enfermagem (50% do salário dos enfermeiros). No entanto, desde o ano passado, há impasses jurídicos após a sanção do pagamento pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e a definição da distribuição dos recursos pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
A forma como os pagamentos serão feitos aos profissionais, tanto na iniciativa privada quanto na rede pública, está em votação no Supremo Tribunal Federal (STF), mas a demora em uma resolução tem frustrado o sindicato. Na última segunda-feira (26), foi decidida a adesão à greve nacional e, na quarta-feira (28), foi realizado um ato de protesto.
O sindicato afirma que realizará piquetes em hospitais. Está confirmada uma concentração unificada na sede do Sindisaúde-RS, no bairro Santa Cecília, até o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que ficam a cerca de cinco quadras de distância.