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A Brigada Militar (BM) concluiu o caso em que dois policiais militares estavam envolvidos na morte de um homem durante uma abordagem em Erechim, no Norte. Segundo o Comando Regional de Polícia Ostensiva do Planalto, responsável pela divulgação da informação, os PMs agiram em legítima defesa. O caso ocorreu em março deste ano.
A vítima, Rudimar Rolim Machado, de 37 anos, foi morta após uma confusão em um bar próximo à BR-153, na entrada do município. Ele era soldador e também lecionava capoeira na cidade.
A BM emitiu uma nota em que alega que os policiais foram “surpreendidos” e que o disparo foi efetuado com o objetivo de “cessar as agressões”. De acordo com o comunicado, “com o intuito de proteger o detido e garantir sua integridade física, o policial posicionou-se à frente do homem, cumprindo seu dever. No entanto, o ataque foi desproporcional e, para pôr fim às agressões, o militar utilizou sua arma de fogo”.
Imagens divulgadas nas redes sociais horas após a ação mostram Rudimar já caído no chão, após ser atingido pelo disparo no peito. Um outro homem envolvido na confusão pede calma ao policial, que permanece de arma em punho. O PM ainda dá um tapa no rosto do homem. Um terceiro homem se levanta e também é agredido com um soco no pescoço e, em seguida, um chute na barriga.
Rudimar foi encaminhado para atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Ele deixa a mulher e duas filhas, de três e treze anos.
O inquérito agora será encaminhado à Justiça Militar. Enquanto isso, os dois policiais envolvidos estão desempenhando funções administrativas. Além disso, uma investigação adicional está em andamento pela Polícia Civil.
Nota do CRPO-Planalto
“O Comando Regional de Polícia Ostensiva do Planalto (CRPO-Planalto) informa que concluiu as investigações que apuraram fato ocorrido em Erechim, na tarde do dia 23 de março de 2023, durante o atendimento de uma ocorrência de desordem envolvendo cinco homens, em que um dos indivíduos veio a óbito.
Durante a ocorrência, já controlada, um dos policiais militares que conduzia um preso foi surpreendido pelos demais indivíduos que tentaram atacar o homem detido. Para evitar as agressões direcionadas ao preso, o policial colocou-se em frente ao homem, cumprindo o seu dever de assegurar a integridade física do custodiado. O ataque atingiu o PM de forma desproporcional e, com o objetivo de cessar as agressões, o militar efetuou um disparo de arma de fogo. Um dos homens foi atingido. A equipe que atendia a ocorrência imediatamente socorreu o ferido ao Hospital Santa Terezinha, mas ele não resistiu.
Logo após o fato, a Brigada Militar instaurou Inquérito Policial Militar (IPM), com o objetivo de apurar as circunstâncias do ocorrido. Os procedimentos investigatórios foram realizados com base na análise de amplo conjunto probatório formado por depoimentos de pessoas envolvidas, testemunhas, laudos periciais e imagens em vídeos. O IPM concluiu que a conduta investigada se enquadrou em legítima defesa de si e de terceiros.
O inquérito concluído segue para a Justiça Militar do Estado para análise.“