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Cinco trabalhadores foram salvos de condições precárias em uma pedreira localizada em São José do Inhacorá, na região noroeste do Rio Grande do Sul. Esses indivíduos estavam desempenhando suas funções como pedreiros sem o devido equipamento de proteção e medidas de segurança.
A operação de resgate, que ocorreu em 19 de junho, foi uma colaboração entre a Gerência Regional do Trabalho e Emprego, a Polícia Federal de Santo Ângelo e o Ministério Público do Trabalho.
Por falta de condições seguras de trabalho, a pedreira foi interditada. Segundo o auditor fiscal da Gerência Regional do Trabalho, os operários viviam em alojamentos em estado deplorável.
“Eles estavam alojados em uma casa de tábuas, totalmente precária. Dormiam em colchões diretamente no chão, tinham que tomar banho frio, mesmo no inverno. As condições de higiene do alojamento eram péssimas, tinha até lata de lavagem para porcos dentro do espaço”, comenta Carlos Augusto Kruger, auditor da Gerência Regional do Trabalho e Emprego”, disse
O alojamento também estava infestado por roedores. Os trabalhadores, em seus relatos à Gerência Regional do Trabalho e Emprego, mencionaram que devido ao problema com ratos, usavam uma geladeira defeituosa como armário para proteger a comida. Para combater o frio, eles improvisavam uma fogueira para se aquecer.
“A quantidade de fumaça era absurda dentro, corriam o risco de se intoxicar“, informou o auditor.
A empresa denunciada tinha como atividade principal a extração de pedras. Com isso, participavam de licitações e utilizavam as pedras extraídas na pavimentação de ruas da região. Os trabalhadores foram retirados do local e levados para Três Passos e Bragas, suas cidades de origem, com todas as despesas pagas pelo empregador.
A regularização dos contratos de trabalho e pagamento das rescisões serão realizados nos próximos dias. Todos os trabalhadores receberão seguro-desemprego de três parcelas de um salário mínimo (R$ 1.320), fornecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Os fiscais também flagraram o mesmo empregador realizando pavimentação de vias públicas para outros municípios, utilizando material extraído da pedreira. Todos os trabalhadores envolvidos nessa atividade estavam na informalidade, trabalhavam sem equipamentos de proteção individual (EPI) e sem fornecimento adequado de água e local para refeições.
Segundo a Gerência Regional do Trabalho, caso precisassem usar um banheiro, tinham que recorrer às empresas próximas à rua que estava sendo pavimentada. A Polícia Federal de Santo Ângelo confirmou que está aguardando o relatório do MPT para prosseguir com as investigações.