Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Justiça Federal do Rio de Janeiro decidiu aceitar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Ângela Rollemberg Santana Landim Machado. A diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, compartilhou uma postagem preconceituosa contra nordestinos.
A denúncia foi aceita pelo juiz Marcelo Luzio Marques Araújo, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
A ação foi iniciada pelo MPF após uma postagem compartilhada pela executiva do clube logo após as eleições presidenciais de 2022. O texto dizia: “Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias, bora trabalhar, pq se o gado morrer o carrapato passa fome”.
Diretora se torna ré
De acordo com o MPF, a intenção da publicação era disseminar a ideia de que o povo nordestino não trabalharia e viveria às custas da riqueza, esforço e competência de cidadãos de outras regiões do país. Em nota, o Ministério Público destacou que a mensagem tinha caráter racista e xenofóbico. E que foi motivada pela expressiva votação do candidato vencedor nas eleições presidenciais na região nordeste.
Com a aceitação da denúncia, a diretora do clube se torna ré por crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional por meio das redes sociais.
Sem indenização
Antes, o MPF havia entrado com uma ação civil pública na 19ª Vara Federal, solicitando o pagamento de R$ 100 mil por danos morais coletivos. No entanto, no final de maio, o juiz responsável pelo caso extinguiu a ação sem julgar o mérito, considerando que não houve danos morais coletivos.
Pelas redes sociais, Ângela Machado, se desculpou pela mensagem compartilhada após a repercussão negativa.