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A Federação Italiana de Futebol (FIGC) e o Ministério do Interior da Itália firmaram uma carta de intenções para combater o antissemitismo. Dentre as medidas acordadas, destaca-se o banimento da camisa 88 no futebol italiano.
O número 88 é frequentemente associado ao movimento neonazista, representando a saudação nazista “Heil Hitler”, uma vez que a letra H é a oitava do alfabeto.
O pacto inclui outras medidas, como a interrupção de jogos em caso de manifestações antissemitas, atos ou cânticos. Além disso, está prevista a inclusão da definição de antissemitismo estabelecida pela Aliança Internacional de Memória do Holocausto no código de ética dos clubes.
Ataques antissemitas têm se tornado comuns nos estádios italianos, incluindo vaias e insultos direcionados a jogadores negros, o uso de termos como “judeu” como ofensa, e a exibição de símbolos fascistas e nazistas.
Em março, durante o clássico entre Lazio e Roma, pelo Campeonato Italiano, um torcedor da Lazio vestiu uma camisa com a inscrição “filho de Hitler” acima do número 88. Esse episódio, juntamente com cânticos antissemitas durante a partida, geraram críticas na Itália, e o clube emitiu uma nota condenando essas atitudes. Anteriormente, a Lazio já havia sido punida com o fechamento de um setor do Estádio Olímpico de Roma devido a gritos racistas.
Durante a temporada 2022/23 do Campeonato Italiano, dois jogadores utilizaram a camisa 88: Pasalic, da Atalanta, e Basic, da Lazio. Ambos os meio-campistas croatas já utilizaram apenas o número 8 ao longo de suas carreiras.