Foto: Agência Brasil
No segundo dia de sua visita ao Rio Grande do Sul, o ex-presidente Jair Bolsonaro classificou como um golpe uma eventual condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele está sendo julgado por ataques ao sistema eleitoral durante as eleições de 2022 e pode ficar inelegível por oito anos.
Em um discurso na Assembleia Legislativa, Bolsonaro afirmou que seria um “golpe contra a democracia e uma descredibilização da Justiça Eleitoral” se lhe fossem retirados os direitos políticos. Ele ainda mencionou a possibilidade de concorrer a vereador no Rio de Janeiro em 2024 e voltar a disputar a Presidência em 2026.
“Em 2026, se estiver vivo até lá, e também elegível e essa for a vontade do povo, a gente vai e disputa novamente a Presidência. O presidente do TSE em 2026 será o ministro Kássio Nunes, que eu indiquei. O vice- presidente será o terrivelmente evangélico André Mendonça, que eu indiquei“, disse.
Durante seu pronunciamento, Bolsonaro incentivou seus apoiadores a se candidatarem nas eleições de 2024, defendeu seu governo e criticou ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sem mencionar diretamente o nome de Lula, ele fez uma insinuação homofóbica e, em seguida, fez referência a um local onde corpos de inimigos do regime militar eram descartados.
“Tem um cara aí que eu acho que é LGBTQIA+: fala meu nome todo dia (…). O cara fica falando que o agro é fascista, o agro é direitista. Ah, vai pra ponta da praia”, afirmou.