Bolsonaro no TSE: Após relator votar a favor da inelegibilidade, veja os próximos passos

Foto: Agência Brasil

Na noite de ontem (27), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou o julgamento de Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, o Ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral, emitiu seu voto pela inelegibilidade do ex-presidente, acusado de abuso de poder político e dos meios de comunicação.

O relator do caso concordou com a posição da Procuradoria-Geral Eleitoral, apresentada na última quinta-feira (22), no início do julgamento. O colegiado se reunirá novamente na amanhã (29) para discutir os próximos passos do processo.

Durante a sessão desta terça-feira, o Ministro apresentou uma versão resumida de seu voto, que tinha cerca de 300 páginas. O conteúdo havia sido distribuído antecipadamente aos demais ministros do TSE. Na próxima etapa, os outros seis ministros do TSE apresentarão seus votos.

A ordem de votação será a seguinte:

  1. Raul Araújo
  2. Floriano de Azevedo Marques
  3. André Ramos Tavares
  4. Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE)
  5. Kassio Nunes Marques
  6. Alexandre de Moraes (presidente do TSE)

Existe a possibilidade de um pedido de vista por parte de um dos ministros, embora os magistrados da Corte Eleitoral tenham descartado parcialmente essa opção. Nesse caso, o ministro que solicitou a vista terá o processo em mãos por até 30 dias, prorrogáveis por mais 30. Após esse prazo, o processo será automaticamente levado a julgamento.

Relembre

O TSE está julgando uma ação movida pelo PDT no ano passado, na qual o partido alega que o ex-presidente Jair Bolsonaro abusou do poder político e dos meios de comunicação, durante seu mandato, para divulgar desinformação sobre o processo eleitoral. O caso em específico ocorreu em uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho de 2022, poucos meses antes da eleição. Se a maioria da Corte seguir o entendimento do relator, Bolsonaro poderá ficar inelegível por oito anos.

O julgamento da ação teve início na última quinta-feira, com a apresentação dos argumentos da defesa e dos advogados do PDT. Na ocasião, o Ministro relator Benedito Gonçalves fez um resumo inicial e o parecer do vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, também defendeu a inelegibilidade.