Foto: Divulgação/ECP
Em seu segundo ano consecutivo no Gauchão Série A2 – Esportes da Sorte, o Pelotas, campeão da edição de 2018 da competição, busca repetir o feito. Para isso, tem apostado em uma mescla de nomes experientes, com conhecimento na competição, e jovens.
Dentre a experiência citada, nomes como do lateral-esquerdo Xaro, aparece em destaque. O jogador chega a sua quarta passagem pelo clube onde foi campeão da Copa Lupi Martins em 2008 e parte do elenco no acesso à elite estadual em 2009.
Outro nome é o do zagueiro Heverton, que recentemente esteve no rival do Lobo, o Brasil. Aos 35 anos, o atleta retorna à Boca do Lobo após fazer parte da equipe campeã da Copa Sul-Fronteira e da Super Copa Gaúcha em 2013.
Em recente entrevista ao jornal Diário Popular, o técnico Leocir Dall’Astra falou sobre os desafios de começar a montagem do elenco do zero e das carências que a equipe enfrenta há dez dias da estreia na competição.
“Lateral-direito não temos. Estou usando o Paulo Lucas. […] Ainda falta um volante, ou dois, mas não vamos trazer dois. Talvez um nome de qualidade muito acima, um cara diferenciado pra gente ter condições de brigar lá em cima. Eu queria também mais um extrema. Nós sabemos que Taiberson, Robério e Escobar vêm de inatividade de seis, sete meses ou mais. O histórico do Taiberson é de lesão. Eles vão sentir mais, pode sentir uma lesão também. Temos que ter o cuidado de ter jogador para suprir“, explicou.
Quanto as expectativas do treinador, que está a frente da casamata do clube desde o início do segundo semestre de 2022, Leocir vai além da conquista do acesso à elite do futebol gaúcho e fala em “algo a mais” e “fazer história”. “Queria deixar o Pelotas em uma Série C, pegar como peguei aqui, como o Rogério pegou o Brasil, como peguei o Ypiranga, o Tencati no Londrina. Esses caras ficam na história do clube. Queria deixar na Série C“, finaliza.
O Lobo já realizou algumas atividades testes desde o início de sua pré-temporada. Em jogo-treino contra o Monsoon, empatou em 1×1. A equipe ainda venceu o Sindicato dos Atletas por 2×1 e bateu a equipe sub-20 do Grêmio por 1×0. Amanhã (7), o áureo-cerúleo vai até o Estádio da Baixada Setembrina, em Dois Irmãos, onde encara o Novo Hamburgo em amistoso.
Caminho na competição
O Pelotas pertence ao Grupo B, juntamente com Bagé, Guarany, Guarani-VA, Inter-SM, Lajeadense, Santa Cruz e São Gabriel. Sua estreia está marcada para acontecer fora de casa, quando encara o Santa Cruz no Estádio dos Plátanos.
1º Rodada – 16 de abril às 15h30: Santa Cruz x Pelotas
2º Rodada – 23 de abril às 16h: Pelotas x Inter-SM
3ª Rodada – 30 de abril às 16h: Pelotas x Bagé
4ª Rodada – 7 de maio às 15h: Guarany x Pelotas
5ª Rodada – 14 de maio às 16h: Pelotas x São Gabriel
6ª Rodada – 21 de maio às 16h: Lajeadense x Pelotas
7ª Rodada – 28 de maio às 16h: Pelotas x Guarani-VA
8ª Rodada – 03 e 04 de junho: Guarani-VA x Pelotas
9ª Rodada – 10 e 11 de junho: Pelotas x Lajeadense
10ª Rodada – 17 e 18 de junho: São Gabriel x Pelotas
11ª Rodada – 24 e 25 de junho: Pelotas x Guarany
12ª Rodada – 01 e 02 de julho: Bagé x Pelotas
13ª Rodada – 08 e 09 de julho: Inter-SM x Pelotas
14ª Rodada – 16 de julho: Pelotas x Santa Cruz
Plantel
– Goleiros: Pablo, Jonathan Costa, Jacsson e João Lucas
– Laterais: Roger Bastos, Xaro e Cláudio
– Zagueiros: Rogério, Jeder, Paulo Lucas, Jacone, Rubén Monges e Heverton
– Volantes: Escobar, Germano, Cristian e João Marcos
– Meias: Jandson, Maurício e Nicolas
– Atacantes: Robério, Taiberson, Luan Henrique, Thalles, Ruan e Junior Batata
– Técnico: Leocir Dall’Astra
– Auxiliar técnico: Felipe Muller
– Preparador físico: Roberto Recart
Última participação
Rebaixado em 2021, o grande desafio do Pelotas tem sido se manter na primeira divisão do Campeonato Gaúcho.
Em sua última participação, no ano passado, o áureo-cerúleo acabou sendo eliminado pelo Passo Fundo, nos pênaltis, nas quartas de final. O resultado negativo para o clube veio após uma boa campanha na fase classificatória, quando finalizou sua participação na segunda colocação, com 24 pontos, 7 vitórias, 3 empates e 4 derrotas.
História
Fundado em 1908 com a fusão do Club Sportivo Internacional e Foot-ball Club, o Esporte Clube Pelotas foi criado como forma de firmar o progresso que a cidade da região Sul do Estado vivia na época, levando o nome do município como homenagem.
Dentre seus feitos, alguns podem ser destacados como a organização do primeiro torneio intermunicipal de futebol do RS, em 1910; jogos históricos como contra o “scratch” uruguaio em 1911, sendo esta a primeira partida disputada pela seleção uruguaia no País, e um duelo diante da seleção russa, em 94; além destes, carrega o feito de ser campeão estadual por aclamação dos clubes gaúchos em 1911, após enfrentar e vencer todos os campeões regionais, título reconhecido recentemente pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF).
Em 1930, o Lobo venceu o Campeonato Gaúcho de Futebol da primeira divisão, batendo o Grêmio na final, além disso, foi vice-campeão gaúcho seis vezes. O clube ainda foi campeão da Divisão de Acesso em duas oportunidades, 1983 e 2018.
Ainda em nível estadual, o áureo-cerúleo empilha conquistas em competições que envolvem o interior do Estado. Em 2013, por exemplo, conquistou a Tríplice Coroa, após ser campeão da Copa Sul-Fronteira, da Supercopa Gaúcha e da Recopa Gaúcha, competição em que levaria o troféu novamente em 2020.
Casa do Pelotas, a Boca do Lobo foi fundada no mesmo ano que o clube e, por isso, ostenta o feito de ser o estádio mais antigo do País. Inicialmente era conhecido como Estádio da Avenida, mas por sua localização em um entroncamento de ruas na cidade conhecido como “boca de lobo”, e com a adoção do “Lobão” como mascote, o estádio passou a ser chamado por seu nome atual.
Entre as partidas históricas, em 1994 a Boca do Lobo sediou um confronto contra a Seleção da Rússia, que seria o primeiro adversário do Brasil na Copa do Mundo, com destaque para a presença de Carlos Alberto Parreira e Mário Jorge Lobo Zagallo nas tribunas. Já em 2010, além dos grandes confrontos do Campeonato Gaúcho, o estádio foi palco de partidas contra o Fluminense, Cerro Largo, do Uruguai, e Cerro Porteño, do Paraguai.
