(Crédito: Alex Rocha/PMPA)
Os ônibus de Porto Alegre voltam a utilizar o ar-condicionado, a partir de segunda-feira (19). Na manhã desta sexta (16), o prefeito Sebastião Melo anunciou a determinação da retomada do uso. O funcionamento vai ocorrer de forma gradativa em 51% da frota, ou 690 veículos, que possuem o equipamento instalado.
O secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, explicou que a ligação será gradativa por questões técnicas.
“Consultamos a Carris e as operadoras. Aqueles ônibus que tiverem condições já irão circular com o ar-condicionado ligado imediatamente. Para os veículos em que o equipamento precisa passar por manutenção, daremos prazo até 1º de janeiro”, explica.
Segundo Mello, a prefeitura vai arcar com o custo mensal estimado de R$ 826 mil para a utilização do equipamento, sem prejuízo ao usuário, que seguirá pagando R$4,80 pela passagem.
“Fizemos uma discussão interna na gestão, com a Secretaria Municipal de Saúde e também com as operadoras. Num esforço de caixa, a prefeitura arcará com o custo mensal de R$ 826 mil para que os usuários tenham mais qualidade no transporte durante esses meses de calor intenso.
O executivo municipal justificou a ausência do ar-condicionado, no período mais quente do ano, pelo fato de não estar previsto no cálculo que manteve o valor da tarifa. Ainda conforme a prefeitura, o equipamento também não vinha sendo utilizado por causa da pandemia de Covid-19. Conforme o atual decreto, o uso de máscaras no transporte coletivo segue como recomendação.
Programa de Reestruturação do Transporte
Em abril deste ano, a prefeitura de Porto Alegre anunciou que não iria aumentar o valor da tarifa praticada nos ônibus da Capital. A manutenção do valor, faz parte do Programa Mais Transporte, que inclui ações de curto, médio e longo prazo. Entre os projetos está o que extingue, gradativamente, a função de cobrador até 2025, e também a ampliação da oferta de transporte na cidade. O programa também mudou o método de cálculo do custo por quilômetro rodado. A nova metodologia, segundo a prefeitura, permite maior controle do sistema, com menor subsídio do poder público.