Advogado, dirigente e patrono do Grêmio: Quem foi Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo

Foto: Everton Silveira / Grêmio FBPA

Luiz Carlos Silveira Martins, conhecido como Cacalo, faleceu na noite de sábado (24), aos 73 anos. Ex-dirigente e patrono do clube, deixa três filhos, Eduardo, Roberto e Rafael, além da neta Isabela. O Hospital Moinhos de Vento informou que Cacalo, que havia recebido um transplante de rim em 2023, sucumbiu a uma septicemia resultante de uma infecção pulmonar.

Durante seu período como dirigente nos finais dos anos 1980 e durante a década de 1990, Cacalo esteve à frente de importantes conquistas do clube. Ele teve um papel crucial na Libertadores de 1995, no Campeonato Brasileiro de 1996, e nas Copas do Brasil de 1994 e 1997.

Em uma declaração, o Grêmio destacou a paixão fervorosa de Cacalo pela defesa do clube, tanto em suas responsabilidades diretivas quanto como voz ativa na mídia.

Cacalo também exerceu o cargo de vice-presidente nas áreas jurídica, administrativa e de futebol do Grêmio, e posteriormente sucedeu Fábio Koff como presidente do clube para o biênio 1997-1998, dedicando-se integralmente ao clube que amava.

Alberto Guerra, atual presidente do Grêmio, expressou profunda admiração por Cacalo, lembrando a homenagem feita ao ex-dirigente em 2023. “Foi bom reconhecer em vida seu imenso contributo ao nosso clube,” afirmou Guerra, evidenciando o profundo respeito e amizade que compartilhavam.

Nascido em Porto Alegre, Cacalo foi aluno do Colégio Anchieta e formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em setembro de 2012, ele foi honrado com o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre pela Câmara Municipal.

Sua carreira no direito incluiu passagens pela Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas (Agetra), a Caixa de Assistência dos Advogados, a Procuradoria Jurídica do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS) e o Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Gaúcha de Futebol de Salão (FGFS). Apaixonado por turfe, era frequentador assíduo do Jockey Clube.

Além do direito, Cacalo teve uma distinta carreira no rádio, tornando-se radialista em 1984. Participou do programa Sala de Redação em 2001 e contribuiu como colunista do Diário Gaúcho. No grupo O Bairrista, Cacalo fez parte de coberturas esportivas das partidas do Grêmio e participou do programa Segue o Jogo.

“Nosso querido amigo Cacalo, companheiro de tantas jornadas, lives e almoços, descansou na noite deste sábado. Que a família encontre conforto nas lembranças boas e os gremistas levem no peito a dedicação e o esforço que ele entregou ao tricolor. Como a metade gremista do Bairrista, agradeço pelos títulos, mas, acima de tudo, pela amizade, as histórias engraçadas dos bastidores e, principalmente, a parceria num momento onde todos ficamos sem ter muito o que fazer, mas junto do Silvio Benfica e Fabiano Baldasso, encontramos forças pra começar um projeto bonito.”, disse Jr. Maicá, sócio do grupo O Bairrista.