Foto: Agência Brasil
O Ministério da Agricultura e Pecuária encaminhou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), nesta quinta-feira (25), um relatório que comunica o encerramento do foco de doença de Newcastle no Rio Grande do Sul.
O documento informa à entidade internacional que a investigação epidemiológica conduzida pelo Serviço Veterinário Oficial nas áreas de perifoco, ou seja, a três quilômetros do foco, e de vigilância, a dez quilômetros do foco, não identificou nenhum animal com sinais clínicos compatíveis com a doença de Newcastle.
“A notificação à OMSA foi possível depois de duas medidas: a finalização da desinfecção da propriedade positiva e o avanço da vigilância no raio de três e dez quilômetros, ações conduzidas pela secretaria. O cenário que encontramos proporcionou a segurança técnica para essa tomada de decisão”, afirma a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares.
Além disso, a Seapi concluiu, nesta sexta-feira (26), as visitas a todas as 858 propriedades com criações avícolas no raio de dez quilômetros a partir do foco. “Finalizamos as revistorias dentro da área de perifoco. A partir de sábado, iniciaremos revisitações a granjas comerciais na zona de vigilância e uma terceira visita a granjas comerciais na zona perifocal”, detalha o diretor-adjunto do DDA/Seapi, Francisco Lopes.
Etapa importante na contenção do foco e na comunicação de seu encerramento, a desinfecção completa da granja comercial que apresentou teste positivo para a enfermidade, em Anta Gorda, foi concluída na quinta-feira.
Segundo o órgão, assim que saiu o resultado positivo para doença de Newcastle, em 18 de julho, foi realizada a de população total da granja, que se encontrava com sete mil aves abrigadas quando o foco foi confirmado. As carcaças foram enterradas, seguindo o Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle.
“No dia seguinte, 19 de julho, o processo de desinfecção da granja teve início, com a remoção da cama do aviário e dos resíduos de composteiras, a limpeza e a desinfecção meticulosa geral do estabelecimento, que se encerrou no dia 25 de julho”, conta Lopes.
De acordo com as autoridades, a granja que teve o foco confirmado ficará interditada por um período mínimo de 42 dias, a contar do encerramento do foco. Ao final do prazo, poderá trazer uma carga de aves para o local, em quantidade que não ultrapasse 20% da capacidade do galpão. “Essas aves deverão ser testadas com 15 e 30 dias e ficarão alojadas até os 42 dias, para então serem abatidas”, informa o diretor-adjunto.