Justiça marca júri do Caso Becker, vice-presidente do Cremers assassinado em 2008

Foto: Reprodução/RBSTV

Após mais de 14 anos de reviravoltas e cancelamentos de audiências, a Justiça Federal do Rio Grande do Sul definiu uma nova data para o júri dos acusados de assassinar Marco Antônio Becker, então vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), em 2008. O julgamento está marcado para iniciar no dia 27 de junho.

Nesse caso, 16 testemunhas serão chamadas para depor, e o sorteio dos jurados está programado para o dia 5 de junho.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Bayard Olle Fischer dos Santos, ex-andrologista, como mandante do crime. Moisés Gugel, ex-assistente de Bayard, teria intermediado as negociações. O traficante Juraci Oliveira da Silva, conhecido como Jura, é acusado de planejar o assassinato, enquanto Michael Noroaldo Garcia Câmara teria sido contratado para cometê-lo. O motivo do crime, segundo o MPF, seria a cassação do diploma de médico de Bayard, realizada por Becker.

Os réus respondem a esse processo em liberdade, com exceção de Juraci Oliveira da Silva, que está detido por outros crimes relacionados ao tráfico de drogas.

Relembre o caso

Marco Antônio Becker, oftalmologista, foi assassinado a tiros em 4 de dezembro de 2008, na Rua Ramiro Barcelos, no bairro Floresta, em Porto Alegre.

Primeiramente, a Delegacia de Homicídios da Polícia Civil, indiciou seis pessoas em 11 de dezembro de 2009. Dez dias depois, a promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari denunciou 12 .

O caso tramitou por quatro anos na Justiça Estadual. Em setembro de 2012, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que o caso seria de competência federal, devido aos vínculos com uma decisão da União e à suposta influência da vítima no Conselho Federal de Medicina. Após reviravoltas no processo, incluindo sua transferência para a Justiça Federal, a instrução da ação penal começou em abril de 2017, quando as testemunhas e as partes acusadas passaram a ser ouvidas. Em janeiro de 2019, o juiz decidiu que quatro dos oito réus seriam julgados pelo Tribunal do Júri.