Aliciamento de jogadores e manipulação de jogos: Entenda o escândalo que abala o futebol brasileiro

Foto: Divulgação/CBF

O futebol brasileiro está imerso em uma investigação conduzida pelo Ministério Público de Goiás, que desvendou uma trama de manipulação de jogos. Jogadores eram aliciados para executar ações específicas durante as partidas – principalmente receber cartões amarelos – em troca de dinheiro proveniente de apostas.

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A operação “Penalidade Máxima” já avançou para sua segunda etapa. Até agora, 15 jogadores tornaram-se réus na Justiça de Goiás. Outros quatro firmaram um acordo de colaboração e agora atuam como testemunhas. Além deles, oito pessoas também foram indiciadas, formando o grupo de apostadores, financiadores e recrutadores. O empresário Bruno Lopez é identificado como o líder do esquema criminoso.

No cenário esportivo, a procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já indiciou um total de dez jogadores por envolvimento na trama – dois da primeira etapa e oito da segunda. Uma solicitação para suspensão preventiva desses oito foi apresentada ontem (15).

Vários clubes têm suspendido ou encerrado os contratos com alguns jogadores citados nos documentos anexados ao processo pelo MP. O Athletico, por exemplo, encerrou contrato com o lateral-esquerdo Pedrinho e do volante Bryan Garcia. O lateral-direito Nino Paraíba também teve seu contrato rescindido pelo América-MG. Os três ainda não foram indiciados pelo MP, mas apareceram em conversas ou planilhas do grupo de apostadores.

A CBF e o STJD descartaram a possibilidade de anulação de jogos ou interrupção do Brasileirão deste ano.

Jogadores indiciados na primeira etapa da operação incluem Ygor Catatau, Allan Godói, André Queixo, Mateusinho, Paulo Sergio (Sampaio Corrêa), Gabriel Domingos (Vila Nova), Joseph (Tombense) e Romário (Vila Nova).

Jogadores indiciados na segunda etapa: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Juventude), Paulo Miranda (Juventude), Victor Ramos (ex-Portuguesa e recentemente na Chapecoense), Igor Cariús (ex-Cuiabá), Fernando Neto (ex-Operário-PR).

Jogadores que assumiram a culpa, fizeram um acordo e agora são testemunhas: Moraes (Juventude), Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino), Nikolas Farias (Novo Hamburgo) e Jarro Pedroso (ex-São Luiz).