Identificado vírus causador de epidemia de diarreia em Florianópolis

Foto: Reprodução/Internet

Foi identificado o vírus causador da epidemia de diarreia que já infectou mais de três mil pessoas em Florianópolis. O norovírus foi encontrado em análises preliminares e detectado no Rio do Brás, que tem ligação direta com a praia de Canasvieiras, uma das mais frequentadas de Santa Catarina. O problema, porém, já era previsto, uma vez que o balneário está totalmente impróprio para banho há cerca de um mês. 

Tu viu?

Retirada de medicamentos especiais pode ser agendada pela internet, app ou telefone em Porto Alegre
Aeroporto de Passo Fundo já opera com novas instalações

A detecção do vírus aconteceu em duas etapas: coleta de amostras de fezes das pessoas infectadas e através de busca ambiental. Foram feitas três coletas em locais diferentes, até que este foi encontrado em Canasvieiras.

De acordo com a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), o local tem quase 100% de coleta e tratamento e a explicação seriam as ligações clandestinas na rede de drenagem. Já o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) aponta desde 26 de dezembro que a praia está totalmente imprópria para banho.

O que é o norovírus?

Em entrevista ao GZH, o virologista e professor da Feevale, Fernando Spilki, explicou que se trata de um vírus muito pequeno, com genoma de RNA e não-envelopado, o que faz com que seja bastante resistente e consiga ficar presente no ambiente, sobre superfícies, na água e em alimentos contaminados por um bom tempo.

Sua transmissão acontece principalmente pela água, ao consumir alimentos ou água contaminados, além de contato com superfícies infectadas, contato direto com uma pessoa doente e, em raras ocasiões, pelo ar. 

Os sintomas se tornam perceptíveis entre 24 e 48 horas após a exposição ao vírus e costumam durar até 72 horas. São eles: diarreia, febre, vômito, dores de cabeça, dores abdominais, fraqueza e cansaço, dor muscular e mal-estar.

Outras praias também impróprias

O levantamento semanal feito pelo IMA apontou que diversas praias da região e também da capital Florianópolis também apresentam condições semelhantes de falta de balneabilidade. 

O levantamento realizado na última sexta-feira (20), afirma que, dos 237 pontos analisados no litoral catarinense, 123 estão próprios para banho. Confira:

– Na Praia Central de Balneário Camboriú, são 10 pontos analisados, que vão do Pontal Norte à Barra Sul, todos eles estão impróprios para banho pelo menos desde 30 de novembro.

– Todas as praias de Itapema e Porto Belo não são recomendadas aos banhistas.

– Na Praia Brava, somente o ponto em frente à Rua Doca Rebello está liberada. Enquanto as praias do Atalaia e Cabeçudas podem ser frequentadas.

– Em Bombinhas, os pontos próprios para banho são na Rua Tiriba, na Praia de Bombas, e a Praia de Zimbros.

– Na Praia dos Ingleses, o único ponto próprio para banho é em frente à Rua Morro das Feiticeiras. Já Cachoeira do Bom Jesus e Ponta das Canas estão com mar impróprio.

– Em Jurerê, os pontos próprios estão: no final da Avenida dos Buzios, em frente à Avenida dos Pampos e em frente à Avenida dos Salmões.